![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2031U23mfBCmTpFlt5-9FbGihdrz2f2H71_Brgi-720ba3_TaIc710kszZYfRdrCOzzrZljA1lw8on6Tn2PQzv9U33v-ruRUkh91_Si8YJGjLMD-O5EnIa_C4QsUwCkJQLXuNXjwkYgc/s320/rain.jpg)
São lagos de lágrimas com círculos pulsados pelas gotas caídas.
Tudo é cinzento, o céu, o rio e o meu peito por dentro.
Não tenho tempo.
Não tenho tempo.
E o tempo é triste
e a chuva não pára.
E o tempo não pára.
Mas eu parada, olhando a janela de vidros molhados,
nem sei se a gota que corre
corre por fora ou corre por dentro,
no meu interior cinzento,
atafulhado, embrulhado,
húmido e com cheiro a mofo.
Talvez se eu bebesse um chocolate-quente…
ficaria mais doce e mais quente.
Mesmo que lá fora chovesse, nevasse ou ventasse.
Ou que a noite caísse agora e jamais se levantasse.
E se eu pousasse a cabeça e dormisse,
viria um sol bem amarelo aquecer-me o coração,
e um aroma perfeito
de chocolate e canela
encher-me-ia o peito.
E encho o peito com o ar que agora sai livremente,
calmamente...
(suspiro)
Não adormeci.
Fiz um stop e sonhei.
Já estou mais quente e a chuva parou de repente.
por, A. Fernandes
Sem comentários:
Enviar um comentário