terça-feira, 13 de novembro de 2007

Escrevendo

Passaram os tempos em que o contacto com os amigos e familiares que viviam mais distantes era feito por carta. Era um bom exercício, transpor para o papel os sentimentos, as angústias, as alegrias vividas.

Existe inclusive, uma celebre frase muito utilizada em tempos idos, para iniciar estas missivas: "Querida(o) ... , espero que esta te encontre de boa saúde que nós por cá, todos bem."

Hoje, são poucos aqueles que ainda se aventuram a enviar uma carta. Os computadores substituíram o papel. Agora escrevem-se e-mails e sms, carregados de erros ortográficos (ainda não percebi, por ex., porque é que os "miúdos" (e não só) substituem o "c" pelo "k", não demora o mesmo tempo a escrever? E não ocupa o mesmo espaço?)

Antigamente namorava-se, também, por correspondência. A frase "Cartas de Amor, quem as não têm...", imortalizada na voz de Tony de Matos, perdeu a validade. Hoje não se escrevem cartas de amor, para ficarem guardadas e de vez em quando serem relidas e trazerem lembranças doces dos tempos vividos. Os Jovens de hoje não vão ter cartas de amor, para reler. Hoje, no amor, na amizade, na saudade ... trocam-se "mensagens" que depois de lidas se apagam, para "libertar espaço"!

Hoje, torná-mo-nos utilizadores compulsivos das novas tecnologias. Hoje, tudo é diferente. Para melhor ou para pior? Quem sabe?
De qualquer forma, hoje, vou escrever uma carta de amor.


Texto: CF

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