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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cinema do Terço

Onde, até há bem pouco tempo se erguera o Cinema do Terço, hoje nada mais há que lama e máquinas que nos fazem perceber que dentro em pouco, um qualquer prédio moderno tomará posse do espaço e os seus alicerces enraizar-se-ão onde outrora a cultura dominava. Poder-se-á dizer que é a ordem natural das coisas (algumas); nasceu, albergou espectáculos, entrou em declínio, fechou, abandonaram-no e finalmente destruíram-no. O Cinema do Terço, ficará na minha memória e com certeza, na memória daqueles que por lá passaram.

Texto: CF

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

2009

Ora cá estamos nós em 2009. Agora posso olhar para trás e dizer “Ufa! Até que em fim acabou o 2008!” e começar a trabalhar para fazer cumprir os desejos feitos para o novo ano.
Interessante como no inicio de cada novo ano, os objectivos propostos são quase sempre os mesmos.
Por exemplo, na segunda-feira fui ao ginásio e fiquei estupefacta com a quantidade de pessoas que faziam exercício. Áquela hora (19:30) não é normal ter tanta gente.
Enquanto dava inicio ao meu treino pensei “ora cá está, ano novo e toda a gente tomou a típica decisão de que “este ano é que vai ser” e bora lá p’ró ginásio que é preciso compensar os excessos do fim de ano e trabalhar para uma mente sã em corpo são”. Claro está que todo este entusiasmo dura pouco, até porque as razões para não ir ao ginásio são muitas e de “peso” – “está muito frio”, “está a chover”, “tenho que ir aos saldos enquanto é tempo”, e quando damos por ela já estamos a cometer mais excessos sem sequer ter compensado os anteriores.
Eu vou tentar não me deixar abater pelo peso do comodismo e vou tentar manter o meu ritmo de exercício físico. Bom Ano.
Texto: CF

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Foi Natal

A azáfama das compras, comprar presentes para toda a familia, comprar todos os ingredientes necessários para o grande jantar de natal... e logo tudo passa. No fim de semana já se via no rosto das pessoas a nostalgia do natal passado. As montras perderam a magia e o encanto, porque as pessoas já não precisam olhar para elas há procura do presente ideal para os mais queridos. Concentramo-nos agora nos festejos de fim de ano. Feliz Ano Novo.
*
Texto: CF

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Natal 2008

Estamos a chegar ao fim de mais um ano. Dentro de dias, poderemos olhar para 2008 com nostalgia, embora 2008 não seja um ano que deixe pena acabar (pelo menos para mim).
A chegar ao inicio de um novo ano, só posso desejar que os sonhos sonhados em 2008 se realizem em 2009 e que em 2009 continuemos a sonhar; como dizia António Gedeão "o sonho comanda a vida". A todos quantos por aqui passam, um Feliz Natal e um 2009 repleto de Sonhos e realizações.
*
Texto: CF

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Filmes 3 D

Com os filmes 3 D, apareceram também os óculos que permitem ver o filme com imagem nítida, caso contrário, tudo fica desfocado.

Os óculos de há uns anos, eram feitos de papel e tinham uma "lente" de cada cor, vermelho e azul ou vermelho e verde.

Hoje os óculos para ver filmes 3 D, têm uma armação em plástico preto e lentes escuras, dando a todos um aspecto de Jack Nicholson.
*
Texto: CF

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Onde está o Menino Jesus?

É Natal e a data que em que se celebra o nascimento de Jesus Cristo, está a apenas a uns dias de distância.

Hoje durante a minha viagem de metro, que se prolongou mais que o habitual, porque deixei passar a "minha" estação, pois vinha envolvida nas minhas memórias sobre o natal, dei comigo a pensar "muito se fala no Pai Natal nos dias de hoje e o Menino Jesus?".


E a verdade é uma, em Portugal o Pai Natal ganhou um protagonismo extraordinário nos últimos anos. Ao passar pelas ruas, por exemplo, podemos ver os pais natal insufláveis, pendurados nas janelas, varandas, a trepar pelas chaminés (quando as há) ou pelas paredes (tipo homem aranha). Tomaram conta das montras; poucas são as lojas que na sua decoração exibem o tradicional presépio.


Quando eu era miúda, os pedidos eram feitos ao "Menino Jesus"; punha-se o sapatinho por baixo da chaminé e o Menino distribuía os presentes durante a noite e pela manhãzinha, levantavamo-nos (eu e a minha irmã) e lá íamos contentes ver se o sapatinho tinha presente.


Eu até gosto do Pai Natal, é uma figura simpática, mas... onde pára o Menino Jesus?


Texto: CF

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Vida Adulta

Sempre achei engraçada a maneira como a minha Mãe falava e fala dos seus colegas e amigos. Por exemplo, quando chegava a casa e queria contar que tinha encontrado um amigo(a), dizia sempre "hoje encontrei uma rapariga (rapaz) que andou comigo na escola..."; e eu ouvia aquilo da rapariga e pensava "rapariga, a minha Mãe já não é propriamente uma rapariga, é minha Mãe, portanto a rapariga que ela encontrou e andou com ela na escola, também não pode ser". É claro que a minha mãe logo dizia "andou comigo na escola, é uma rapariga do meu tempo!". Ok, maneiras de falar.
O tempo passa, mesmo nós não querendo e quando nos encontramos a viver a nossa vida adulta, vamo-nos apercebendo do quão "parecidos" nos tornamos com os nossos pais. Uma das coisas que me fez perceber isso foi o facto de, quando quero fazer referência a uma amizade de escola, faço-o da mesma forma que a minha Mãe, "encontrei uma rapariga que andou a estudar comigo..." e logo penso, ora cá está ... aquilo que na juventude achamos estranho nos nossos pais, mais tarde, espelha-se na nossa maneira de agir e expressar.
E é simples de perceber, quando atingimos uma maturidade que nos permite dizer e fazer o que achamos melhor, sem nos preocuparmos com aquilo que os outros vão pensar, porque crescemos e sabemos, finalmente que estamos em constante aprendizagem, que não há nem vai haver um momento em que vamos saber TUDO.
Por: CF

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Actualização

Porque temos que nos manter actualizados, a partir de hoje o nosso blog conta com a animação da rádio M 80. Nostalgia pura!

Por: CF

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Passeios d' Escola

O compromisso assumido com o trabalho, fez com que tivesse que me levantar mais cedo que o costume. Assim em vez de sair de casa às habituais 9h, saí às 7h30. O dia mal raiava e fazia-se sentir um vento frio, trazendo à memória os passeios de escola.
Levantava-me bem cedo, peparava o saco com a merenda, com a ajuda da mãe e, toda contente, lá ía eu para o ponto de encontro, onde o autocarro nos esperava para nos levar ao nosso destino. Fosse ele um passeio recreativo ou de estudo, era sempre um passeio, um dia diferente e sabia sempre bem quebrar o ritmo diário da escola.
Por: CF

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um ano de Confraria, que não o é...

1º aniversário da "Confraria da Nostalgia".

Pensei muito sobre se devia ou não escrever este "post"... conclui que não tem porquê não escrever, afinal, este blog foi criado com o objectivo de partilhar histórias de outros tempos e dos tempos modernos e tudo o mais que fosse pensado, vivido, sentido,... e eu quero partilhar isto.

Uma confraria pressupõe um grupo de pessoas. Passado um ano desde que este blog nasceu, conclui-se que o objectivo não foi conseguido. A confraria, que no inicio ainda conseguiu cativar uns quantos confrades (4) dos vários que foram convidados, acabou solitária.

Fica sempre bem dizer que a culpa é do tempo, até pode ser; do tempo do sol e da chuva, que nos faz sair para a rua ou ficar em casa a ver televisão e do tempo, tempo... consumido em andanças desgovernadas pelas auto-estradas da vida, que nos levam, muitas vezes, em excesso de velocidade para um "pôr do sol" vazio; resultado de uma vivência sem conteúdo, sem fé, sem partilha...

Não aponto o dedo a ninguém, que não a mim mesma, por ter ingenuamente sonhado em partilhar e ver partilhadas experiências, histórias, emoções ... de uma mudança inevitável que todos temos que compreender, absorver e adaptar.

Ainda assim, fico por cá mais algum tempo; quem sabe ...
*
Texto: CF

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

01/09/1988 - 20 ANOS

Faz hoje 20 anos que iniciei a minha actividade profissional. 20 anos de trabalho, descobertas, aprendizagem, evolução, desilusões, angustias, recomeços...

Há 20 anos, as cartas escreviam-se em "máquinas de escrever", que já eram eléctricas; os computadores eram umas máquinas com um monitor preto com letras verdes ou brancas, com um processador de texto, folha de cálculo e os programas de facturação e contabilidade - tudo muito rudimentar. As mensagens mais urgentes, enviavam-se por "telex"...

Hoje enviam-se e-mails, fala-se e vê-se através do computador; podem-se escrever textos, como este e tirar fotografias e colocá-los ao dispôr de todos os "internautas".

Enfim, em 20 anos muita coisa pode mudar... às vezes para melhor.
*
Texto: CF

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Lembranças

Saí de casa e caminhei em direcção à estação do Metro. No ar sente-se o cheiro da primavera, madura, morna e que traz à memória dias de praia de outros tempos.
O céu está encoberto, mas por detrás desse manto nebuloso, o sol brilha. Lembro idas à praia; saíamos de casa aí pelas 7 horas da manhã, ainda o nevoeiro pairava no ar e respirando o ar fresco lá íamos nós para a paragem do autocarro. Ainda me lembro do tempo em que os autocarros eram identificados por letras e o M era o que nos levava até ao mar; mais tarde passou a ser o 88; agora já não sei, já não vou para a praia de autocarro. A viagem era simples, o autocarro descia a circunvalação até ao mar e pronto... olá praia. Ainda não havia as poluições de hoje, tudo era mais simples... ou não!
*
Texto: CF

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Educação

Falar sobre o mau comportamento e a violência dos alunos nas escolas, está na moda. Hoje, a imprensa dita os temas de conversa e promove o destaque contínuo de situações semelhantes, que de outra forma passariam despercebidas, ou pelo menos não seriam objecto de ódios, cópias e posições extremas. Porque os miúdos vêm estas “peças” de reportagem e resolvem fazer também eles o seu “filme” e todos os dias aparece um vídeo novo nos telejornais onde mais um professor ou aluno é vitima dos 15 minutos de fama que gratuitamente são atribuídos aos faltosos.
Eu sou do tempo da palmatória. Só apanhei uma palmada e não me lembro porque foi, só me ficou a memória da palmada. Mas no meu tempo de escola os professores tinham a “liberdade” de nos pôr na ordem, caso fosse necessário. Eu também fiz as minhas tropelias. A professora de música, do então chamado 1º ano do ciclo, via muito mal, mas mesmo muito mal, o que permitia que quando a aula se tornava monótona, os alunos que estavam no fundo da sala, saíam pela janela regressando antes do toque, pois tínhamos que passar em frente à professora ao sair da sala de aula e ela contava-nos. Mas isto era um risco que corríamos, e ai de nós se fossemos apanhados. Uma vez a minha turma teve uma falta colectiva na aula de História, porque chegamos atrasados do intervalo, ai quando os pais soubessem...
Mais, quando chegávamos a casa a queixarmo-nos de um professor, o Pai ou a Mãe diziam: “e o que é que tu fizeste… deves ter feito alguma coisa…” e dependendo do que quer que tenhamos feito, possivelmente ainda apanhávamos umas palmadas por cima.
Uma coisa é certa, os valores de hoje são diferentes, ou pelo menos tem diferentes prioridades dos de então. Um professor impunha respeito e os alunos temiam as faltas disciplinares, as notas enviadas aos pais, etc. É claro que também havia alguma violência, especialmente entre alunos… Eu vi-me envolvida numa rixa, uma vez, e a outra colega seria expulsa da escola, não fosse o fim do ano estar mesmo à porta.
Hoje os miúdos são muito protegidos, ai do professor que levante a voz à “criança”, vai lá o pai e bate no professor…
Que podemos esperar das futuras gerações? Como estamos nós a contribuir para um mundo melhor, para uma melhor sociedade?
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Texto: CF

quarta-feira, 19 de março de 2008

Bolachas

Chamavam-se “Tostarica”, eram bolachas de canela e eram enormes. Cada bolacha dividia-se em 4 através de um picotado. Eu e a minha irmã deliciávamo-nos a comer aquelas enormes bolachas, normalmente a Mãe só deixava comer uma…
Hoje têm um nome diferente, chamam-se “Ricanela” ou “Napolitanas”, são mais pequenas, sendo que cada bolacha de hoje, é ¼ das bolachas de antigamente.
Os pais devem ter-se queixado e a fábrica decidiu cortar o mal, pelo picotado.
O sabor é o mesmo, delicioso… e sabe tão bem um chazinho e uma(S) bolachinha(S) Ricanela (é difícil comer só uma)
Um dia destes, experimento fazer uma das receitas que trás no verso da caixa... yummy!!!!

Texto: CF, com a colaboração de A. Fernandes

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O Antes, O Agora... O Depois...

O Antes
Quando era miúda, nunca fui de andar a brincar na rua, mas se quisesse podia fazê-lo. Lembro-me por exemplo, de quando era Carnaval vir para a rua com os meus primos, ficávamos um de cada lado da rua, prendendo uma serpentina e esperando que passasse um carro, para subir a serpentina e continuar a brincadeira, ou simplesmente deixa-la ir presa na antena, ficando a rir e a olhar aquela tirinha de papel esvoaçar…
Perto de casa da minha Avó materna existiam (ainda existem) aquilo que nós chamávamos de “o largo de cima” e “o largo de baixo”. Estas expressões descreviam os entroncamentos que existem nos dois extremos da rua, uma vez que nesses pontos, o espaço é muito largo. Nesses “largos” os miúdos jogavam à bola e brincavam livremente, afastando-se quando se aproximava um carro (nessa altura os carros andavam bem mais devagar, que nos dias de hoje).
Lembro-me de brincar no quintal da minha Avó, sujar as mãos na terra, uma vez fiz um grande golpe na mão, quando para não cair agarrei um chapa velha e ferrugenta, andar no pátio à chuva, com o guarda-chuva velho da minha tia (que fazia lembrar uma sombrinha) era um divertimento e pêras, diluir sabão em água, numa lata velha e arranjar uma palhinha para fazer bolinhas de sabão e competir para ver quem fazia a bola maior, antes de esta rebentar obviamente, saltar à corda, tudo isto eram as brincadeiras dos miúdos, após as aulas e depois de fazermos os TPC.

O Agora
Hoje não há miúdos a brincar nas ruas. Se querem jogar á bola, inscreve-se o miúdo nas escolinhas de um clube, até porque assim, se ele tiver jeito, quem sabe não vem a dar um grande futebolista!
Hoje, os miúdos vão para a escola e quando a escola acaba, existem os ATL's, aulas de natação, inglês, computador… tudo para ocupar o tempo, porque os pais trabalham até tarde e os Avós, quase que perderam o seu importante papel na Família.
Hoje, os miúdos não brincam na terra, porque além de se sujarem, podem ficar doentes. Os miúdos de hoje estão de tal forma controlados, que a “skip” por exemplo, criou uma campanha em que as crianças se sujam, chamando a atenção das mães para não terem medo da roupa suja e com um poderoso slogan: “toda a criança tem o direito a ser criança”!
Hoje os miúdos, depois de todas as actividades extra-curriculares, vão para casa e sentam-se à frente do televisor ou do computador, e pronto! Onde estão as nossas crianças?
Há umas semanas atrás estava em Matosinhos, junto ao mar e vi um miúdo a saltar à corda… o “calçadão” estava pejado de avós, pais, filhos, cães; havia adultos e crianças a andar de bicicleta, patins,… e havia um miúdo que saltava à corda.

O Depois
Considerando o Antes e o Agora, o que podemos esperar do Depois?
Sendo que ainda estamos no Agora e não tendo a capacidade de adivinhar o futuro (pelo menos eu), apenas nos resta reflectir sobre as hipóteses que se nos deparam e como e o que fazer para melhorar a qualidade de vida daqueles que nos vão suceder.
O que será das crianças de amanhã? Como vão passar os seus tempos livres, se ainda os tiverem?
Com o medo que nos assola actualmente, com o crescendo de noticias de raptos, pedofilia, de uma sociedade consumista e cada vez mais amorfa, o que esperar do Amanhã?
Que valores estamos a transmitir aos jovens?
*
Texto: CF

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

As coisas mudam...

Tempo houve em que os fins-de-semana de muitos casais e famílias eram passados de forma muito semelhante aos dos dias de hoje.
Senão vejamos, o Sábado, para as mulheres que trabalhavam, era o dia eleito (obrigatoriamente) para a limpeza da casa, tratamento das roupas, etc…; no final do dia o cansaço tomava conta do corpo e após um jantarinho leve e um pouco de televisão, a cama era o destino idílico. O domingo era dia de “descanso”, as pessoas depois do pequeno-almoço iam à missa para logo regressar a casa para fazer o almoço (melhorado, ao domingo a refeição incluía sempre um prato mais elaborado, como por exemplo um assado). Depois do almoço, saía-se para tomar um cafezinho e parar à beira mar, dentro do carro (quem o tinha); as senhoras a fazer renda e os cavalheiros a ouvir o relato, com os seus rádiozinhos de pilhas e os “egoístas” pendurados no ouvido (só dava para um ouvido, não havia cá “stereo”). Egoístas, era assim que se chamava ao que agora é vulgarmente conhecido por auriculares (mais ou menos).
Nos dias que correm, o sábado contínua, maioritariamente, a ser o dia eleito para as limpezas (já não falo nas mulheres que trabalham, porque hoje todas trabalham, exceptuando as desempregadas, reformadas. Etc…) e no final do trabalho sair para jantar fora e beber um copo com os amigos, sabe sempre bem. Quanto ao domingo, gostamos de dormir até tarde, e quanto a ir à missa (se for o caso), quanto mais tarde melhor. Muitas vezes o pequeno-almoço é tomado ao meio-dia ou então pelo avançado da hora vai-se directamente para almoço, que continua a ser diferente das refeições semanais, quanto mais não seja pelo tempo que temos disponível para alguns pormenores, até porque se não almoçarmos às 13h, almoçamos ás 14h. O café é muito importante e por isso vamos tomá-lo fora que é para apanhar um bocado de ar. À mesa do café faz-se conversa e depois, continua-se a ir até à beira mar, especialmente quando não chove (quando chove corre tudo para o centro comercial, que é seco e quentinho). Muitos continuam a ficar dentro dos carros (hoje são poucos os que não o tem) a olhar o mar, ler uma revista, livro ou jornal,… Os rádiozinhos de pilhas, esses estão praticamente senão definitivamente extintos bem como os seus fieis companheiros egoístas. Agora, os telemóveis e os auriculares tomaram o seu lugar.
Dos mais jovens, que podemos observar com os fiozinhos pendurados nos ouvidos cuja extremidade está ligada a um I-Pod ou qualquer outro aparelho, escondido no bolso das calças ou casaco, onde se podem guardar centenas de músicas que bombam constantemente nos seus ouvidos, até aos mais velhos que agora têm um telemóvel com rádio, que lhes permite ouvir o relato (se for o caso) ou falar com os amigos sem ter de andar com o telefone na mão o que lhes dá um ar um bocadinho estranho, que isto de ir pela rua a falar sozinho, assim parece, é caricato.


Texto: CF

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Tempo de Namorar

Hoje, 14 de Fevereiro celebra-se o dia de S. Valentim, vulgarmente conhecido como o Dia dos Namorados.
Tempos houve em que os casais tinham tempo para namorar, conversar, trocar abraços, escrever cartas de amor (já aqui faladas),... Hoje socorremo-nos das floristas, perfumarias, lojas de prendas, restaurantes, telemóveis, ... o consumismo apodera-se destes momentos, o comércio sabe-o bem, e mesmo em tempo de crise, não falta quem gaste uma boa maquia para celebrar este dia.
Eu, provavelmente, vou socorrer-me dos restaurantes e vou jantar fora ...
*
Texto: CF

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Carnaval


Quando se fala em carnaval, as primeiras imagens que me vêem à cabeça são do Carnaval do Brasil e do de Veneza, belos Carnavais, pois então; e depois... Portugal...

Em Portugal os festejos do Entrudo tinham também o seu quê de especial e único; no entanto ano após ano e com um orgulho estranho, deixamos que a tradição brasileira passasse a ser também a nossa tradição. Temos Reis e Rainhas (muitas vezes brasileiros) nos vários "carnavais" do país, temos porta-estandartes, temos sambistas e temos meninas despidas em pleno inverno, sambando os seus lusos penachos, pelas avenidas do, ainda nosso país.

Temos ainda os resistentes, como por exemplo, Trás-os-Montes onde a tradição ainda é o que era e os "caretos" ainda fazem do carnaval, uma folia de tradição bem portuguesa!

Lembro os carnavais da minha infância e adolescencia e das fantasias, das festas, da folia... É carnaval, ninguém leva a mal...

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

2007

Por esta altura fazem-se balanços do ano que finda. Eu olho para trás e de Janeiro a Dezembro vejo: um ano normal no trabalho, a descoberta de novos artistas e músicas, jantares de amigos, poucas idas ao cinema, alguma leitura, um verão fresco com pouca praia, a criação dos blogues “A Alma e A Gente” e “Confraria da Nostalgia”. Já para o final do ano, algumas mudanças (que não interessa aqui explorar) trouxeram-me alguma solidão, mas o saldo final só pode ser positivo.
Espero para 2008 um ano em grande, porque os sonhos não são só para quando se está a dormir.
Feliz Ano Novo.



Texto: CF

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Natal no Porto

A cidade encheu-se de luz, para receber o natal e para comemorar tão especial data, nasceu na avenida dos aliados, a maior árvore de natal de Europa.
À medida que o dia da festa se aproxima, as ruas e centros comerciais enchem-se de pessoas, que se atropelam umas às outras na busca das prendas ideais para distribuir pelos familiares e amigos.
Os restaurantes enchem-se com os jantares ou almoços natalícios das empresas.
Esta época de ano provoca (principalmente nos dias que correm) uma alteração no semblante soturno dos portuenses; a criança que há em cada um revela-se em sorrisos, esperanças, … enfeita-se a casa, por dentro e por fora (cada vez mais parecemos a América) e quando o 24 de Dezembro chegar, vamos andar atarefados com os preparativos para o jantar e a recepção aos convidados, e à noite acendemos a lareira e vamos comer, beber, cantar, dançar, jogar às cartas, ouvir músicas de natal e não só, … quando soar a meia-noite, vamos trocar presentes e ficar felizes porque estamos todos juntos e está tudo bem. Já de madrugada, vamo-nos deitar, sonhar… para acordar tarde, numa manhã fria de natal e de roupão vestido, descer as escadas para tomar um pequeno-almoço doce de natal. Feliz Natal
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Texto: CF