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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Cinema do Terço

Onde, até há bem pouco tempo se erguera o Cinema do Terço, hoje nada mais há que lama e máquinas que nos fazem perceber que dentro em pouco, um qualquer prédio moderno tomará posse do espaço e os seus alicerces enraizar-se-ão onde outrora a cultura dominava. Poder-se-á dizer que é a ordem natural das coisas (algumas); nasceu, albergou espectáculos, entrou em declínio, fechou, abandonaram-no e finalmente destruíram-no. O Cinema do Terço, ficará na minha memória e com certeza, na memória daqueles que por lá passaram.

Texto: CF

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Filmes 3 D

Com os filmes 3 D, apareceram também os óculos que permitem ver o filme com imagem nítida, caso contrário, tudo fica desfocado.

Os óculos de há uns anos, eram feitos de papel e tinham uma "lente" de cada cor, vermelho e azul ou vermelho e verde.

Hoje os óculos para ver filmes 3 D, têm uma armação em plástico preto e lentes escuras, dando a todos um aspecto de Jack Nicholson.
*
Texto: CF

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Passeios d' Escola

O compromisso assumido com o trabalho, fez com que tivesse que me levantar mais cedo que o costume. Assim em vez de sair de casa às habituais 9h, saí às 7h30. O dia mal raiava e fazia-se sentir um vento frio, trazendo à memória os passeios de escola.
Levantava-me bem cedo, peparava o saco com a merenda, com a ajuda da mãe e, toda contente, lá ía eu para o ponto de encontro, onde o autocarro nos esperava para nos levar ao nosso destino. Fosse ele um passeio recreativo ou de estudo, era sempre um passeio, um dia diferente e sabia sempre bem quebrar o ritmo diário da escola.
Por: CF

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

01/09/1988 - 20 ANOS

Faz hoje 20 anos que iniciei a minha actividade profissional. 20 anos de trabalho, descobertas, aprendizagem, evolução, desilusões, angustias, recomeços...

Há 20 anos, as cartas escreviam-se em "máquinas de escrever", que já eram eléctricas; os computadores eram umas máquinas com um monitor preto com letras verdes ou brancas, com um processador de texto, folha de cálculo e os programas de facturação e contabilidade - tudo muito rudimentar. As mensagens mais urgentes, enviavam-se por "telex"...

Hoje enviam-se e-mails, fala-se e vê-se através do computador; podem-se escrever textos, como este e tirar fotografias e colocá-los ao dispôr de todos os "internautas".

Enfim, em 20 anos muita coisa pode mudar... às vezes para melhor.
*
Texto: CF

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Lembranças

Saí de casa e caminhei em direcção à estação do Metro. No ar sente-se o cheiro da primavera, madura, morna e que traz à memória dias de praia de outros tempos.
O céu está encoberto, mas por detrás desse manto nebuloso, o sol brilha. Lembro idas à praia; saíamos de casa aí pelas 7 horas da manhã, ainda o nevoeiro pairava no ar e respirando o ar fresco lá íamos nós para a paragem do autocarro. Ainda me lembro do tempo em que os autocarros eram identificados por letras e o M era o que nos levava até ao mar; mais tarde passou a ser o 88; agora já não sei, já não vou para a praia de autocarro. A viagem era simples, o autocarro descia a circunvalação até ao mar e pronto... olá praia. Ainda não havia as poluições de hoje, tudo era mais simples... ou não!
*
Texto: CF

quarta-feira, 19 de março de 2008

Bolachas

Chamavam-se “Tostarica”, eram bolachas de canela e eram enormes. Cada bolacha dividia-se em 4 através de um picotado. Eu e a minha irmã deliciávamo-nos a comer aquelas enormes bolachas, normalmente a Mãe só deixava comer uma…
Hoje têm um nome diferente, chamam-se “Ricanela” ou “Napolitanas”, são mais pequenas, sendo que cada bolacha de hoje, é ¼ das bolachas de antigamente.
Os pais devem ter-se queixado e a fábrica decidiu cortar o mal, pelo picotado.
O sabor é o mesmo, delicioso… e sabe tão bem um chazinho e uma(S) bolachinha(S) Ricanela (é difícil comer só uma)
Um dia destes, experimento fazer uma das receitas que trás no verso da caixa... yummy!!!!

Texto: CF, com a colaboração de A. Fernandes

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

O Antes, O Agora... O Depois...

O Antes
Quando era miúda, nunca fui de andar a brincar na rua, mas se quisesse podia fazê-lo. Lembro-me por exemplo, de quando era Carnaval vir para a rua com os meus primos, ficávamos um de cada lado da rua, prendendo uma serpentina e esperando que passasse um carro, para subir a serpentina e continuar a brincadeira, ou simplesmente deixa-la ir presa na antena, ficando a rir e a olhar aquela tirinha de papel esvoaçar…
Perto de casa da minha Avó materna existiam (ainda existem) aquilo que nós chamávamos de “o largo de cima” e “o largo de baixo”. Estas expressões descreviam os entroncamentos que existem nos dois extremos da rua, uma vez que nesses pontos, o espaço é muito largo. Nesses “largos” os miúdos jogavam à bola e brincavam livremente, afastando-se quando se aproximava um carro (nessa altura os carros andavam bem mais devagar, que nos dias de hoje).
Lembro-me de brincar no quintal da minha Avó, sujar as mãos na terra, uma vez fiz um grande golpe na mão, quando para não cair agarrei um chapa velha e ferrugenta, andar no pátio à chuva, com o guarda-chuva velho da minha tia (que fazia lembrar uma sombrinha) era um divertimento e pêras, diluir sabão em água, numa lata velha e arranjar uma palhinha para fazer bolinhas de sabão e competir para ver quem fazia a bola maior, antes de esta rebentar obviamente, saltar à corda, tudo isto eram as brincadeiras dos miúdos, após as aulas e depois de fazermos os TPC.

O Agora
Hoje não há miúdos a brincar nas ruas. Se querem jogar á bola, inscreve-se o miúdo nas escolinhas de um clube, até porque assim, se ele tiver jeito, quem sabe não vem a dar um grande futebolista!
Hoje, os miúdos vão para a escola e quando a escola acaba, existem os ATL's, aulas de natação, inglês, computador… tudo para ocupar o tempo, porque os pais trabalham até tarde e os Avós, quase que perderam o seu importante papel na Família.
Hoje, os miúdos não brincam na terra, porque além de se sujarem, podem ficar doentes. Os miúdos de hoje estão de tal forma controlados, que a “skip” por exemplo, criou uma campanha em que as crianças se sujam, chamando a atenção das mães para não terem medo da roupa suja e com um poderoso slogan: “toda a criança tem o direito a ser criança”!
Hoje os miúdos, depois de todas as actividades extra-curriculares, vão para casa e sentam-se à frente do televisor ou do computador, e pronto! Onde estão as nossas crianças?
Há umas semanas atrás estava em Matosinhos, junto ao mar e vi um miúdo a saltar à corda… o “calçadão” estava pejado de avós, pais, filhos, cães; havia adultos e crianças a andar de bicicleta, patins,… e havia um miúdo que saltava à corda.

O Depois
Considerando o Antes e o Agora, o que podemos esperar do Depois?
Sendo que ainda estamos no Agora e não tendo a capacidade de adivinhar o futuro (pelo menos eu), apenas nos resta reflectir sobre as hipóteses que se nos deparam e como e o que fazer para melhorar a qualidade de vida daqueles que nos vão suceder.
O que será das crianças de amanhã? Como vão passar os seus tempos livres, se ainda os tiverem?
Com o medo que nos assola actualmente, com o crescendo de noticias de raptos, pedofilia, de uma sociedade consumista e cada vez mais amorfa, o que esperar do Amanhã?
Que valores estamos a transmitir aos jovens?
*
Texto: CF

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Amizades

O dia de hoje começou de forma inesperada. Ao chegar à estação do Metro, vinha a caminhar na minha direcção o (como se chama a quem conduz o metro?), "motorista", "maquinista", "condutor",... bem não interessa, ele vinha na minha direcção e aquela cara não me era estranha. Durante aqueles milésimos de segundos, que nos parecem uma eternidade, pensei "é ele, não é ele..."? Passamos um pelo outro e o meu cérebro a processar a imagem... parei... fiquei a olhar para aquela pessoa, que de costas para mim se ia distanciando a cada passo. Quando ele parou para entrar, também ele, no metro (para me conduzir), olhou para mim e como eu estivesse a olhar para ele com um sorriso, também ele sorriu. Caminhamos na direcção um do outro, cumprimentamo-nos - "Quanto tempo! Tudo bem?.... e com a família?... tenho de ir... eu também..." Soube a pouco!
Amigo da longa data, a quem já não via faz muito tempo. Durante a viagem de metro pensava "hoje sei quem me conduz", e sorria para mim mesma. A minha memória foi invadida pelos momentos vividos por aquele grupo de amigos, que nos anos noventa, se juntava aos fins de semana para cantar, dançar, comer, ir ao cinema, passear nos jardins do Palácio de Cristal,... e de uma célebre ida à "Quinta do Santoínho"... Bons tempos. É bom olharmos para trás e sermos invadidos por esta sensação de bem estar... porque vivemos, divertimo-nos... fomos felizes... Vou fazer um esforço para juntar essa gente num jantar e vamos reviver esses tempos memoráveis!
*
Texto: CF

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Momentos Doces II

Vejo os miúdos de agora a empanturrarem-se, nos intervalos das aulas, de bolachas, bolos, bebidas gaseificadas; ao almoço juntam-se em bandos e encomendam pizza, que lhes é entregue junto ao portão da escola e que ficam a comer no átrio dos prédios vizinhos.

No meu tempo, levava o lanche de casa e se tivesse que almoçar na escola, comia na cantina. Raramente levava uma moeda de 20 escudos no bolso e quando assim era no final das aulas, passava pela confeitaria e comprava uma "Broínha de Mel" que comia pelo caminho ou guardava para comer em casa, ao lanche. Às vezes comprava duas para comermos (eu e a minha irmã) ao lanche.
Um destes dias, comi uma "broínha de mel", saboreei; a minha memória foi invadida pelas lembranças de outrora: o caminho de regresso a casa com os colegas, os cheiros, os sons e o paladar....

No verão, as "Broínhas de Mel" eram relegadas para segundo plano e os gelados tomavam o seu lugar. No meu tempo de escola, os gelados da moda eram o "Dedo", o "Pé" (gelados de gelo, com sabor a morango) e como não podia deixar de ser os cremosos "Super Max" e "Perna de Pau", tudo da "Olá", claro está!

Mas havia também os gelados da "Padouro" que vinham em embalagens originais e da moda ou não fossem elas as cabeças dos bonecos da famosa série "Dartacão e os três Moscãoteiros" e podíamos optar por uma das embalagem ao dipôr: Dartacão, Aramis, Atos e Portos, com gelado de baunilha, morango e outros....


Texto: CF

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Sobre o Cubo

Nunca consegui completar o Cubo Mágico. O máximo que consegui fazer foi concluir duas faces do cubo; quando tentava ir mais além, acabava sempre por desmanchar o que tinha conseguido fazer. É claro que nunca o desmontei para o montar todo direitinho (lembro-me de alguns colegas o terem feito na altura).

Ainda hoje, quando vejo o cubo, que está guardado numa gaveta do meu antigo quarto, olho para ele (com as cores todas misturadas) e penso - "hum! Bons tempos, mas se eu não tinha paciência na altura, agora então!!!" De qualquer maneira, um dia destas pego nele e dou uma voltinha, ou melhor rodo à esquerda, depois à direita, e dou uma volta para trás, uma para a frente... e possívelmente vou concluir 2 faces e depois, vou desistir....!


Texto: CF

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Vem aí o Natal

No fim de semana fui ao shopping Cidade do Porto e verifiquei que o espaço já está decorado e iluminado para a época festiva que se aproxima. As montras das lojas de artigos para a casa, já estão enfeitadas... O natal começa cada vez mais cedo.

Quando eu era miúda, o meu pai comprava um "pinheirinho" (que era um pinheiro a sério) e no dia 1 ou 8 de Dezembro divertia-mo-nos a enfeita-lo com bolas e fios coloridos. Por baixo da árvore, criávamos uma base coberta de musgo salpicada com esferovite (neve), onde depois eram colocadas as figurinhas do presépio, incuindo a manjedoura onde repousa a figura central desta história toda - o Menino Jesus.

No "meu tempo", punha-se o sapatinho no fogão, para que o Menino Jesus, descendo pela chaminé, deixasse o presente que nos era destinado. De manhã acordava bem cedo, ansiosa para ver o meu presente. Actualmente escreve-se ao Pai Natal.

Agora as árvores artificiais estão em quase todas as casas (acho bem, também tenho uma). As decorações vão mudando de ano para ano. Este ano existem vários estilos de decoração natalícia; vi num folheto do Aki: Black & Silver (árvore preta com bolas pretas, brancas e prateadas), Blue Dream (árvore branca, enfeites brancos e azul claro), Nordich (árvore verde, enfeites brancos e vermelhos), Natura (árvore verde, enfeites de madeira e tecido, em vários tons de castanho), Passion (árvore preta, bolas de veludo em tons de preto, vermelho e dourado),... hum! estou indecisa, gostava de decorar a minha casa no estilo Black & Silver, ou Natura ou Passion, ou... bem, acho que me vou ficar pelo meu "silver green style" ou seja a minha árvorezinha verde com bolas prateadas...


Texto: CF